quinta-feira, 24 de junho de 2010

Historicidade da educação e saúde no Brasil

Foto histórica de curtiços no Rio de Janeiro

Osvaldo Cruz foi um médico sanitarista que ao final do século XIX, no início do século XX, suas pesquisas contribuíram para a descoberta da vacina contra a febre amarela, mais tarde, também criando uma vacina contra a varíola. No período em que viveu, inúmerar conquistas elevaram o nome de Osvaldo, mas também provocou grandes desavenças e repúdio de seus contemporâneos, culminando em revoltas em 1904 no Rio de Janeiro. A obstinação pela vacinação de toda a sociedade encabeçada inicialmente por Osvaldo Cruz lhe trouxe prestígio, elevando seus ideais, criando expedições pelo Brasil para levantar as principais questões relacionadas a saúde do país, desta forma seu legado fica sendo a fundação Osvaldo Cruz, centro de medicina experimental, um dos primeiros estabelecimentos ligados a pesquisas na área da saúde.
A fundação Osvaldo Cruz vem debatendo o assunto da educação e saúde. O debate sobre esta questão, tradicionalmente é visto como um conjunto de informações que os indivíduos devem seguir para garantir uma vida saudável, porém a sua historicidade liga-se a uma ideologia hegemônica oriunda das classes dominantes.
A sociedade, por sua vez, serve de base para que os ideais sejam introduzidos no pensamento popular, legitimando o ideal, tornando-se única explicação de uma grande parte da população, não havendo crítica ou uma observação coerente com a realidade vivida.
O tema educação e saúde vem sendo discutida pelos mais preocupados com o problema: os ricos. A história do Brasil colônia está repleta de marcas desta opressão, e do desmerecimento da opinião e vida dos mais empobrecidos, a educação sempre foi negada aos miseráveis e a saúde um critério que os pobres nunca adjetivaram, pelo contrario, eram estes mesmos, que dificultavam a vida limpa e livre de doenças, pois os mais vulneráveis viviam em estabelecimentos insalubres, neste contexto acreditava-se que este povo mais localizado a margem das possibilidades social, ou excluídos, que faziam a vida desfalecer pela doença. Um exemplo é o desrespeito com os direitos humanos e a intenção de criarem vacinas e procedimentos médicos para resolver a mortalidade dos escravos, que por motivos econômicos, não poderiam perder sua força de trabalho devido as enfermidades e epidemias.

Neste sentido a sociedade baseia-se nos ideais dominantes de uma classe mais abastada, que faz com que a educação e saúde exista com o papel de “educativa” direcionada aos ignorantes e desprovidos de informações para como viver melhor, o povo envolvido passa a assumir os interesses de outros, que ditam as regras. Os mais marginalizados ficam sem voz ativa, são discriminados, servindo apenas de joguete das “boas intenções”.
No Brasil no século XX, as epidemias e doenças fizeram muitas vítimas, como a tuberculose e a febre amarela, esta ultima alarmando a sociedade elitista, que exigia da polícia uma contenção mais abrupta, pois era a mais ofensiva e existente entre todas as camadas sociais.
Exigiam um afastamento das moradias mais insalubres das áreas urbanas e o extermínio dos cortiços, normalizando os espaços de moradias dos mais desfavorecidos, deslocando-os para moradias afastadas e com arquitetura adequada.
Os técnicos na verdade falavam e na parte prática havia uma má interpretação, não havia na verdade uma compreensão real da ação proposta pelo transmissor, O receptor na verdade fez o aprendizado, mas não compreendeu que deveria haver também uma higiene de toda a sua rotina.
O transmissor na verdade tenta fazer o seu papel, mas sem retorno. Será que o transmissor não está falando com clareza?
“O que antes era uma compreensão da “do conhecimento construção desigual do conhecimento passou a ser visto como” compreensão compartilhada de conhecimento”
Com essa forma o transmissor passou a ver a real necessidade do receptor através de políticas e com ações sociais que já de direito do receptor
Através dessa nova concepção de conhecimentos ouve na verdade o reconhecimento que tanto os saber técnicos quanto os dos receptadores deveriam que ser levados em conta fazendo assim um só conceito.
Analisando o que ouve de errado que o transmissor juntamente com a Igreja Católica se uniu para ver o que na verdade fracaçou na sua estratégia, não havendo resposta que se tem o avanço das epidemias até a burguesia. Quanto ao o faraço escolar e a habitação se entende como uma humilhação tanto na precariedade tanto nas moradias quanto nas escolas, sem um pingo de infra-estrutura não havendo também uma estratégia para que isso seja solucionado. Sem uma política com boas proposta o receptor iria, mas uma vez ficando sem motivação sem estiam sem motivação tanto para trabalhar quanto as crianças para ter uma vida escolar prazerosa.
O exemplo foi dado por Getúlio Vargas, que fez na verdade foi concretizar o clamor de uma classe que há muito tempo pedia que houvesse uma regularização e também leis que os amparassem.
Já na moradia foi mais tarde esse reconhecimento como, por exemplo, ao projeto de urbanização das favelas que o governo do estado do Rio de Janeiro fez em dois mandatos, mas para isso levaram-se muitos anos com organizações de bairros, mas para isso o povo teve que primeiro fazer a abertura de ruas, ligações clandestinas de luz, para depois sim o governo tomar as devidas providencias.
Se não houver na verdade um bom plano, com planejamentos do qual será ouvida as reais necessidades tanto da classe dominada quanto da classe dominante não terá um bom resultado.

Referências bibliográficas:
VALLA, Victor Vicent, GUIMARÃES, Maria Beatriz & LACERDA, Alda.- “Construindo a resposta à proposta de educação e saúde”-
http://www.projetomemoria.art.br/OswaldoCruz/biografia/02_luta.html

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