quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Educação Voltada para a Inclusão de Crianças com Necessidades Educativas Especiais


Na história da educação, percebemos que inúmeras formas de educar foram propostas durante os séculos. No ocidente, os primeiros foram Sócrates e Aristóteles, como exemplo das idéias filosóficas, utilizando dos questionamentos para os jovens de seu tempo, a dialética. O sujeito dentro desta concepção de educação está inserido na relação ensino aprendizagem, refletindo sobre as teorias e práticas, ensina e aprende realizando sempre uma reflexão sobre o que fez e o que fará, evidenciando a práxis, necessária na abordagem pedagógica reflexiva, que coloca o “erro” como uma possibilidade de ir além, crescendo para obter o aprendizado, não apenas condenando e excluindo. A inclusão de crianças com necessidades educativas Especiais devem ter esse acesso garantido com o apoio e mediação adequada para que suas capacidades sejam elaboradas e suas habilidades desenvolvidas. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001.
“Art. 4º Como modalidade da Educação Básica, a educação especial considerará as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características bio-psicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
I - a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social;
II - a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;
III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus direitos”
No caso específico dos alunos portadores de Autismo e das doenças dentro de seu espectro ( como a síndrome de Asperger) o professor trabalha como um interprete entre duas culturas diferentes, uma vez que, segundo Gary Mesibov, atual diretor da TEACCH “O Autismo funciona como se fosse uma cultura diferente já que afeta o indivíduo na forma como ele come, como se veste, ocupa seus momentos de lazer, se comunica e etc”.
Portanto o professor e a professora deve entender o seu aluno saber suas limitações e seus pontos fortes e encontrar os meios para ajuda-lo no processo de adaptação e aprendizado
Neste sentido o mediador é um facilitador da crítica, um tradutor da realidade existente, pois sabemos que a criança não é uma tabula rasa, como diziam alguns estudiosos do século XIX, e nem um ser que possa viver sem cuidado, abordagem pedagógica, mas deve sim, ser instigado, questionado, e direcionado até o patamar de suas novas experiências e saberes com a inclusão não é diferente, ainda exige um vínculo para que as técnicas e propostas sejam um artifício para a inclusão do aluno com necessidades educativas especiais com o restante do grupo, desenvolvendo valores humanitários e conceitos novos que valorizem a identidade criando um ambiente de diálogo sobre preconceito e exclusão. Na minha prática docente, a mediação é uma forma de elevar capacidades e interagir com a mais natural e rica característica das crianças: a vontade de saber o porquê e a curiosidade sobre o novo. A mediação faz com que o saber tome dimensões horizontais dentro da profissão de educador, sendo mais capaz de ver-se no outro e participando das aprendizagens, em um ciclo de “aprender, ensinar e ensinar e aprender.”.
O ambiente também é outro fator que contribui para o desenvolvimento de algumas habilidades e alívio de déficits que o aluno com necessidades educativas especiais poderá apresentar, e parte de um planejamento prévio feito pelo professor ou professora visando a inclusão, mas ao mesmo tempo apresentando desafios que correspondem as habilidades individuais de cada um.
No que diz respeito a avaliação Fèneyrou,1990 fala que a avaliação: “não é uma simples constatação do rendimento, a capacidade ou o pensamento da criança, mas que por si mesma essa avaliação produza efeitos sobre a criança avaliada e sobre a pessoa adulta que avalia”.

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