quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Cultura do Planejamento na Função da Docência


A história da educação demonstra para os contemporâneos que a educação sempre foi uma problemática social e motivo elitizante além de excludente.
Na antiguidade, a mulher não podia freqüentar a escola, mais adiante a educação era apenas voltada para os representantes da nobreza, um pouco mais a frente a educação era desenvolvida apenas para o clero e os burgueses.
Hoje pensamos em uma educação para todos, sem dúvida, houve um movimento que caracterizou a educação de excludente para democrática passando a abranger o povo, que teoriza sobre a educação popular, desenvolvida no movimento dos Escolanovistas em meados dos anos ditatoriais, que destaca um dos principais teóricos: Paulo Freire.
Sem dúvida, a escola foi pensada em um contexto não favorável para um ambiente organizado, levantando objetivos, elevando a criticidade e refletindo diante da prática com teoria. Princípios que estão presentes na elaboração do planejamento dentro da função da docência que tem por excelência o dever de diagnosticar, criando situações a serem trabalhadas, e elabora objetivo além de avaliar, de forma construtivista, pois, garante um planejamento democrático e preocupado com a construção do conhecimento juntamente com o aluno e não para ele, como podemos ressaltar na educação tradicional que era caracterizada pela a transmissão de conteúdo desligados do contexto e cultura dos educandos.
O planejamento é um aspecto fundamental e, juntamente com a organização, formam a ação educativa. As decisões tomadas condicionam aquilo que acontecerá na sala de aula e vice-versa. A vida na sala indica até que ponto estamos acertando no planejamento que elaboramos,seja na organização do tempo, espaço, material que usamos dentre as questões dinâmicas que planejamos, pois deve ser um planejar flexível.
Os aspectos organizacionais têm grande importância e influenciam mais do que parece na qualidade da ação pedagógica. A professora é responsável em promover a ação educativa visando à família e escola, considerando a evolução da criança, não podendo ser um trabalho isolado, terá que responder aos critérios gerais explicitados no Projeto Político Pedagógico e regimento da escola, na qual o professor ou a professora atuam, que visa à cultura e o contexto do local. A tomada de decisões recai e faz parte do “plano” de sua atuação como docente, muitos autores como, SHAVELSON e STERN, 1981, PERE GOMEZ, 1983; DEL CARMEN, 1993 coincidem ao descrever uma prévia do ensino, ou “pré-ativa”, fase caracterizada pela preparação daquilo que depois será posto em prática em sala de aula.
No entanto é diferenciado entre os estabelecimentos de ensino. É preciso estabelecer uma programação minuciosa e detalhada, alimentando algumas ideias, a partir das quais, se vai concretizando as situações didáticas. Não há uma cartilha a seguir. Por muito tempo pensou-se que a educação fosse um processo condicionante, na verdade os objetivos dentro do planejamento é que servem para a orientação.
Muitos professores e professoras vêem o planejamento de suas ações como uma forma rígida de organizar-se dentro do tempo disponibilizado, um argumento utilizado é a questão de observar que o ambiente escolar é muito diversificado e por este motivo a ação não deve ser planejada, pois não sabem o que poderá ocorrer. Por outro lado existem professores que defendem o planejamento como um artifício para a reflexão diária, além de auxiliar na construção de novas práticas “Tornar consciente a intencionalidade que precede a intervenção permite prever as condições adequadas para alcançar os objetivos propostos; e permite dispor de critérios para regular todo o processo” (DEL CARMEN, 1993).
Admitindo que a educação tenha a finalidade de favorecer o desenvolvimento do aluno em todas as suas capacidades, devemos elaborar um currículo coerente com o contexto, analisar as decisões tomadas e documentar as experiências.
Outro papel importante do planejamento é com atentar à diversidade e necessidades oriundas dos alunos. O respeito é um dos princípios da educação que consiste naquela que se adaptam as necessidades educativas especiais para qual será dirigida, enfim reflexão sobre o que se pretende, sobre como se faz e como se avalia em um processo coerente.

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