quinta-feira, 24 de junho de 2010

O autismo e a educação


Segundo AMA – Associação de amigos do autista, instituição criada em 1983, o autismo é estudado a mais de seis décadas, dentre estes estudos fala-se sobre as diversas manifestações do autismo sendo designados aspectros do autismo que são três os principais, déficit na interação social, dificuldades de linguagem e comportamento. De acordo com o órgão norte-americano center of diease control and prevention o autismo pode ocorrer de duas até seis pessoas em cada1000, isto é uma pessoa em cada 100, estudos apontam que o autismo é mais freqüente quatro vezes mais em pessoas do gênero masculino, no Brasil, porém os estudos ainda não realizaram a freqüência de casos entre os gêneros feminino e masculino, podendo também ter suas causas de origem etiologia diversas (fatores pré, peri e pós-natal, ambiental, infecções etc.) um provável marcador genético.

O autismo é diagnosticado por um médico neuropediatra, psicólogo e ou psiquiatra especializado e uma equipe interdisciplinar, baseando-se em observações de comportamento, na escola um dos principais laudos para orientar a família quanto o desenvolvimento, comportamento e linguagem do aluno que apresenta a tríade que caracteriza o autismo, é a da professora ou professor que está todos os dias em contato com a criança. Que na sua prática deve considerar o nível do desenvolvimento e realizar a avaliação qualitativa englobando áreas de linguagem, cognição, cuidados pessoal, socialização e coordenação motora, para depois elaborar o plano individual de ensino de integração com um currículo adequado, ligado inteiramente com o Plano político pedagógico (P.P. P) da escola que é uma resposta inclusiva para tender a diversidade humana criando dispositivos adequados e pedagógicos para atender as necessidades de cada aluno e aluna. A construção do conhecimento deve-se ter uma compreensão educacional diante do aluno com aspectros do autismo observando as implicações cotidianas, pois é necessário discernir as características, limites, potencial capacitador, habilidades, necessidades e prioridades, as quais precisam ser estudadas, planejadas e desenvolvidas com a finalidade de estabilização emocional elevando a cognição, pois podem ocorrer diferentes níveis do severo, passando pelo moderado, chegando ao do bom funcionamento de desempenho. Para Marina da Silveira Rodrigues Almeida, psicóloga e pedagoga especialista em autismo defendem um trabalho escolar multidisciplinar que considere o aluno com autismo como um ser biossócio-psico-histórico-cultural.
O esclarecimento diante do autismo é de extrema importância, pois desconstroi mitos que a sociedade designa diante dos autistas, os mitos de negar a família o diagnóstico poderá evitar as angústias familiares, o autismo é o mesmo que psicose, o tratamento que os pais dão à criança pode causar autismo e que o autismo não tem tratamento. Os mitos são uma forma de preconceito e é parte da função da escola desmistificar as questões diante do grupo docente, pois somente com o conhecimento é que poderá ocorrer a apropriação do assunto e mudar a visão de mundo do grupo docente havendo então de verdade a inclusão de crianças com autismo que é um déficit na interação social, linguagem e comportamento, ligado à genética não havendo possível cura, mas que tem tratamento sendo entre eles a educação a melhor forma de elevar e desenvolver a criança, mesmo que ainda possa ser lenta. A família é de extrema importância, pois deve ser vista como um grupo do qual o aluno é oriundo a participação dos pais e um respeito, além de um vínculo estreito entre escola e família só tem a contribuir para os avanços físicos e intelectuais da criança com necessidade educativa especiais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário