quinta-feira, 24 de junho de 2010

Comentário: Filme Uma missão especial

No filme “Missão Especial” de 2004 Tem a direção de Gregg Champion, aborda a história de dois meninos que tem autismo. Inicialmente a mãe não entende a doença e leva-os em inúmeros médicos que desconhecem as características do autismo.
O autismo foi comentado pela primeira vez em 1943 por Leo kanner que publicou o trabalho denominado “Alterações Artísticas” baseando em pesquisas e observações oriundas de um grupo de crianças que apresentavam algumas características diferentes diante do desenvolvimento da linguagem, aprendizagem e forma de integras-se com os demais socialmente.
Na história destes dois meninos mostra claramente a idéia que a educação tem sobre as crianças com necessidades especiais educativas, a professora por sua vez não sabe como desenvolver as capacidades dos dois meninos que fazem parte de sua classe, mais uma vez fica evidente que a informação e a busca de conhecer a história dos alunos e buscar subsídios para trabalhar com crianças com NEE ou não são um papel que deve ser desempenado pelo docente.
A inclusão é uma questão pautada nas discussões na contemporaneidade que se desenvolveu a partir da lei dos direitos humano e leis inclusivas que lutam pelo direito de todos garantindo o acesso a educação aos alunos com NEE, mesmo assim isto não garante que sejam atendidos, pois o desconhecimento e a pressão da sociedade, além do preconceito ainda são elementos que minam atitudes que possam mudar a realidade da exclusão. Esta questão também é abordada no filme, pois a protagonista, a mãe “Corrine” sente-se coagida diante de profissionais da educação culpando-a de negligência e até mesmo julgando as atitudes dos dois meninos como sintomas de maus tratos, mais uma vez a escola mostra se um espaço que não favorece o diálogo e a cultura dos alunos oriundos de muitas famílias cuja diversidade de costumes, dificuldades e doenças podem ser a causa de alguns comportamentos que a escola julga ser imprudente dentro da mesma.
A expulsão e a vergonha da família diante de uma criança com NEE ou no caso do filme com autismo parecem e é uma atitude defendida pelas instituições de ensino, por não saberem trabalhar com crianças diferentes mostrando que a escola ainda tem um padrão seguido e excludente.
A família como base para destacar e organizar as habilidades de crianças com autismo é fundamental, no filme os meninos são atendidos por um professor especializado enviado pelo governo, por pouco tempo, mas que auxilia a mãe como desenvolver atitudes primordiais para a sobrevivência e que para o autista é um desafio, como pentear seus cabelos, escovar os dentes ou controlar-se quando algo sai da rotina, questões estas que quando trabalhadas juntamente entre família e escola podem ser superadas e desenvolver a autonomia, vivendo e construindo vinculo com o meio em que as crianças estão inseridas.
Este ponto é bastante observável no filme fortificando a idéia que as dificuldades são existentes, mas se há um trabalho consistente e eficaz as crianças são capazes de superar, exercendo sua cidadania, e é mostrado com muita sensibilidade quando o “Etephen e Phillip” escolher suas habilidades e concluem o colegial, incentivados pela família que ajusta a realidade e cria meios de tornar acessível o mundo que não está favorável as suas necessidades, um exemplo é quando o amigo da família “Doug” coloca fitas vermelhas nas árvores para que os meninos “Etephen” não se perder, pois é um corredor e uma de suas habilidades.
Por tanto, concluímos que a inclusão é um tema que ainda exige um aprofundamento, mas que não podemos deixar de buscar informações sobre o assunto, a fim de desmistificar o tema e tornar a escola realmente um espaço cultural, educativo e de direitos abrangentes para todos sejam estes alunos de inclusão ou não, pois a lei tem que assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes quanto ao atendimento à educação e a professora e o professor dentro de suas competências tem que exercer a função de exigir o cumprimento da lei, não somente justificar como um assunto que não lhe cabe responder, pois a profissão de educando requer uma atitude política no sentido de exercer sua função como: diagnosticar criticamente e preocupado com a educação como um todo.

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