domingo, 13 de dezembro de 2009

Exercitando a observação e a crítica



Os cenários são diferenciados, nos filmes e nos documentários, mas uma questão fica evidente, a pobreza e a manipulação do povo por uma elite conservadora  que idealiza as necessidades da nação.
As relações de poder estão em todas as formas de relações sociais, caracterizada por formas de linguagens. Uma delas que é peculiar ao ser humano é a linguagem reflexiva, diferentemente da de contato, inata nos animais, que não mudam o meio em que vivem,  esta é uma das questões interessantes, a mesma reflexão que nos permite recriar e criar desde a roda até a clonagem, faz com que manipulemos os mais excluídos da sociedade, ou até determinar uma classe a ser excluída, desta forma negamos nossas diferenças, não refletindo sobre as igualdades, apenas punindo e dividindo, culminando em uma ânsia de ganhar sempre, um dos famigerados pré-requisitos para se viver no capitalismo.

A escola é um dos espaços que podem romper ou reforçar um ideal conservador sem reflexão e crítica sobre a realidade social, ou escolher condicionar as mentes infantis, queimando potenciais expressivos. Muitos teóricos reprodutivistas evidenciam em suas teorias apontam à escola como uma reprodução da estética dominante, porém em contraponto a escola pode, com seus mecanismos educacionais como, por exemplo, o currículo que deve ser identificatório e preocupado com a emancipação dos alunos,  passa então ser um fator decisivo na transformação da escola tradicional para uma escola preocupada com a libertação, um local de formação de opiniões critica.
As imagens de obras cinematográficas como quanto vale ou é por quilo, ou ilha dar flores refletem a sociedade atual, aguçam a reflexão sobre a realidade brasileira, na qual a estrutura e a conjuntura são completamente assimétricas, a estrutura está relacionada com a produção dos pais, que é diversificada entrando no rasquem dos paises acedentes, já a conjuntura mostra outra realidade, riquezas más distribuídas, além à falta de políticas públicas que favoreçam a vida de maneira adequada e saudável ao povo.
A América Latina tem sua história constituída as costas da industrialização da Europa que passava por mudanças sociais e conflitos enquanto o Brasil estava sendo utilizado como colônia de exploração, talvez seja um dos motivos para a despreocupação com a educação e os temas mais precários na atual conjuntura.


* Imagem de Ilha da flores do diretor: Jorge Furtado, 1989 e o filme: Quanto vale ou é por quilo? do diretor: Sérgio Bianchi, 2005.

Um comentário:

  1. Eliane, Gabriela e Patícia,
    Nesta análise vocês evidenciam uma síntese multidisciplinar entre os estudos da história, da antropologia, da sociologia, do currículo e cultura e pedagogia social.
    Observar parágrafos extensos na formatação dos textos.
    Belo exercício.
    Professora Simoone

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