domingo, 13 de dezembro de 2009

As abordagens históricas


O estudo da pedagogia tem a sua origem na Grécia antiga. A filosofia foi sua estrutura principal, trazendo á tona o pensamento filosófico. A construção de um método de ensino ou até mesmo o comportamento do docente na sala de aula parte de uma concepção filosófica, pois a sua maneira de abordar temas, instigar, ou não, os alunos, principalmente quanto à avaliação, que há muito tempo traz anseios e medos por parte dos alunos, demonstrando a incompetência de avaliar de maneira adequada no processo ensino-aprendizado.
Uma das primeiras epistemologias filosóficas foi o behaviorismo difundido por Pavlov e Skinner, a teoria do comportamento, logo depois, com a modelagem atribuída a Bandura, analisando o aluno por uma óptica apenas comportamental, modeladora e condicional, levadas à escola como método de ensino. Em suas teorias apontam o valor do reforço como estímulo para mudanças de comportamentos ditos inadequados, além de muitas formas de condicionar a mente dos alunos, algumas ainda são vividas na contemporaneidade como a sineta que é tocada para a entrada na escola ou até mesmo a disposição do pátio, comparando-se a outros lugares doutrinadores e que se preocupam com a ordem, a cadeia.
O aluno passa por um processo de modelagens, que somente imita comportamentos, sem a consciência de seus atos, o condicionamento mais conhecido no meio escolar é bem difundido, pois o aluno passa a ser um produto do meio, criando uma falsa mentalidade com idealizações moralistas e conservadoras.
A escola por muito tempo, utilizou a educação condicionante, enchendo os bancos escolares de futuros trabalhadores, elevando a educação como uma forma de dominação em massa, no Brasil a educação ainda não completou cem anos, e como uma realidade nova passa por grandes modificações, um exemplo é mediante a desvalorização dos professores e professoras, além de um mínimo de investimentos na área da educação como políticas públicas.
Hoje questionamos métodos difundidos por muitos anos da educação assim como, o tradicionalismo que perdeu sua legitimidade dando vazão ao construtivismo, muito é falado e pouco é feito as práticas educacionais ainda é invadido por atitudes de tradicionais, demonstrando o quanto é nova dentro da escola a concepção de autonomia e autoridade sempre confundida com autoritarismo, confundindo uma população que viveu e ainda vive sobre a óptica da doutrinação, ditadura e opressão.
As práticas dos educadores são em grande maioria rasas e medrosas, restando poucos que valorizam a educação e elevam-na como forma política e ideológica, estes por sua vez são os mais excluídos, por trabalhar em locais não formais, por escolha em sua maioria, aqueles que exercem este perfil de um agente transformador e político.
Paulo Freire aponta que antes do compromisso do profissional com a sociedade, tem que se reconhecer que o educador é um ser humano comprometido consigo mesmo.
Assim, não basta ir e dar aula é preciso ter coerência e fazer uma ligação afetiva e verdadeira com o docente, observando em suas práticas cotidianas possíveis abordagens preconceituosas que são oriundas da educação na qual não acreditamos como a de condicionamento e doutrinação das mentes infantis, imitando comportamentos difundidos pela mídia sem uma elevação da moral e crítica.
 
* imagem do quadro de 1509 do pintor italiano Rafael Sanzio- intitulado: Escola de Atenas-Platão e Aristóteles.

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