domingo, 13 de dezembro de 2009

Educação Transformadora


Na história da educação, percebemos que inúmeras formas de educar foram propostas durante os séculos. No ocidente, podemos citar Sócrates e Aristóteles. Estes filósofos utilizavam à dialética e outros recursos como questionamentos para os jovens de seu tempo, descobrindo o sujeito.  Prática ainda pouco exercitada pelos docentes na escola formal de nossos dias O sujeito dentro desta concepção de educação está inserido na relação ensino aprendizagem, refletindo sobre as teorias e práticas, ensina e aprende realizando sempre uma reflexão sobre o que fez e o que fará, evidenciando a práxis, necessária na abordagem pedagógica reflexiva, que coloca o “erro” como uma possibilidade de ir além, crescendo para obter o aprendizado, não excluindo os que não aprendem.
Desta forma o conhecimento é construído através de trocas entre os docentes e educandos, realizado com questionamentos de ambas as partes. As vivências são a bases que é trabalhada para elevar o senso comum, para o bom senso que permite um estudo mais baseado na reflexão, tornando o conhecimento tácito do aluno, que exprime a cultura na qual é oriundo em um conhecimento científico com bases teóricas.
Na educação transformadora a formação do aluno passa a ter uma visão mais elevada, dando ênfase à autonomia e ao debate em sala de aula, as avaliações perdem o cunho de punição e que ao final do processo emitem uma determinante exclusiva, estabelecendo metas com notas, sem a participação do aluno.  A avaliação é emancipatória, não determinada por notas mais com observações sobre o processo em que aluno é ativo e companheiro na construção do seu conhecimento, levando em consideração os avanços de cada um, permitindo um respeito ao tempo de cada aluno, (EXCLUIR em sala de aula) auxiliando e mediando elevação de suas capacidades.
O ensino desta forma necessita de um currículo, identificado com os alunos, favorecendo a diversidade cultural, bem como disciplinas voltadas para a capacitação para a construção de um cidadão histórico.
O Projeto Político Pedagógico deve ser construído com a comunidade, enfim a escola passa a ser um local de pesquisa, transformando a realidade local.
O transformado leva em conta os ideais de justiça, igualdade e democracia, que surgiram com os movimentos dos desfavorecidos, conhecidos como as classes populares, bem como os filósofos que participavam das classes trabalhadoras, explorados da revolução industrial.
Embora as ideais transformadoras originarem-se de pensadores importantes e alguns até contemporâneos, ainda é percebido nas escolas do século XXI, resquícios da doutrina da educação conservadora, pois o currículo ainda é distante dos alunos, e os assuntos referentes à diversidade cultural, como o estudo de gênero e etnia, é visto com um caráter excêntrico não incorporado a historicidade do educando, que vem buscando a construção de sua identidade, mostrando que a educação no Brasil ainda engatinha com relação a sua libertação e transformação, evoluindo para sermos um povo emancipado, pois o que vemos é uma falta de reflexão, seguindo regras modeladoras das mentes, através de estereótipos e uma elevação do senso comum, puramente aplicado sem critérios da reflexão.

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